Pr. Eziquiel Nascimento
Publicado em 17/07/2021
O foco é a fé de Abraão, Isaque e Jacó (pai, filho e neto, respectivamente) de onde surgiria a nação de Israel e Jesus Cristo, o Salvador da humanidade. A aliança de Yahweh com Abraão, toda embasada na fé, é o elemento teológico mais importante de Gênesis. Depois do pecado e corrupção da humanidade, Deus escolheu um homem íntegro para dele formar um povo especial. Após o capítulo 12 de Gênesis, fica patente o agir de Yahweh para livrar o homem da “justa ira dEle” sobre o pecado e providenciar-lhe salvação. Deus começa a trabalhar com homens especialmente escolhidos para construção da história da salvação, conforme prometido em Gênesis 3:15. A aliança de Yahweh com esses três homens é a base do “programa divino de salvação da humanidade, que culminaria com a vinda do Filho de Deus: Jesus Cristo”.
As bases da fé são colocadas no próprio Yahweh. É uma aliança unilateral com Ele que era o garantidor da aliança. Qualquer ser humano poderia quebrar tal aliança, porém, com Yahweh como garantidor não haveria possibilidade de quebra de “contrato”, até porque Ele providenciaria todas as condições de cumprimento. Deus fez sua aliança com Abraão, depois com Isaque e Jacó. As promessas foram dadas a eles como eternas e incondicionais, pois os seus descendentes é que entrariam e viveriam na Terra Prometida. Embutido estavam bênçãos especiais: todas as nações seriam abençoadas pela nação da promessa.
Deus sempre vocaciona e usa o ser humano na consecução de seus planos. Por isso, a primeira e principal base da aliança é a fé na palavra/promessa de Yahweh. Como sempre a promessa parte de Yahweh: “Abençoarei os que te abençoarem, amaldiçoarei aquele que te amaldiçoar. Por teu intermédio abençoarei todos os povos sobre a face da terra!”. Assim, a bênção a todas as pessoas da terra estava na dependência de duas questões: a. da obediência, pela fé, de um homem (Abraão, depois Isaque e Jacó) a Yahweh e; b. do relacionamento positivo ou não dessas pessoas com cada um desses homens.
Mas, e a outra parte envolvida na aliança? Era a parte mais frágil, pecadora. Passível de quebrar tal aliança. Com o tipo de aliança feita por Yahweh, essa fragilidade estava descartada. Ela foi feita e selada pelo mais forte, mais poderoso, o dono absoluto de tudo: Yahweh. Não existia a possibilidade de a aliança ser quebrada e, por isso, o povo que viria dos patriarcas seria o povo mediador de bênçãos e ou maldições a todos os povos.
A ALIANÇA COM ABRAÃO, ISAQUE E JACÓ: o Pai da Fé. Yahweh, a parte mais forte, vocacionou a Abraão (Gn. 12: 1-3) e fez promessas (12:7; 13:14-17; 15:5). Quais as promessas envolvidas: “farei de ti um grande povo”; “engrandecerei o teu nome”; “Serás bênção”; “Por teu intermédio abençoarei todos os povos”; “à tua descendência darei esta terra”; “tornarei tua posteridade como poeira da terra”; “toda a terra que vês, Eu ta darei, a ti e à tua descendência”; “conta as estrelas... assim será a tua posteridade”. Yahweh não faz por menos, Suas bênçãos são múltiplas, profusas e grandiosas. Todavia, o fiel cumprimento estava vinculado a algumas condições de fé e a prova prática da fé chamava-se obediência. Em que e quais?
“Sai da tua terra”; “deixa tua parentela”; “deixe teu pai”; “dirige-te à terra que te mostrarei”. Mas, onde fica essa terra? Bem, talvez eu perguntasse isso. E você? Que fez Abraão? 1. Construiu um altar de adoração a Yahweh (12:7), ou seja, creu/fé na promessa e, por isso, adorou a Yahweh. 2. Nada questionou, apenas saiu para um lugar incerto e não sabido (12:4-5). Foi impulsionado apenas pela fé no seu Senhor Yahweh. A fé bíblica está sempre relacionada ao relacionamento direto com Deus na irrestrita fé naquilo que Ele pede. Afinal, Ele é o Senhor Onipotente, Onisciente, Onipresente e não há bênçãos sem fé; que não seja demonstrada pela obediência total Àquele que vocaciona, abençoa e cumpre. Por essa fé foi que o primeiro patriarca não titubeou a cumprir o pedido de sacrifício do seu filho Isaque no Monte Moriá.
A primeira promessa foi a Abraão, que a passou a Isaque, que a repassou a Jacó, que a retransmitiu a José e este a seus irmãos. Todavia, eles jamais viram o total cumprimento dessas promessas; porém, creram pela fé absoluta em Yahweh. Eles simplesmente aguardavam fielmente o cumprimento de cada promessa e as repassavam como se já tivessem acontecido. Isso é fé. É viver uma esperança futura como se fosse algo já realmente acontecido a tal ponto que, a eles, a promessa se substanciava nos seus dias e durante suas vidas. A fé fazia com que as promessas fossem tão reais que, mesmo sem vê-las cumpridas, tivessem suas vidas e ações baseadas nessa certeza. Que lições práticas podem ser tiradas da fé dos patriarcas?
Venha refletir mais um pouco sobre essa história. Participe conosco do Café Metanoia, no YouTube, domingo 9:00 horas e 9:30 horas na EBD da IBVO (classe ADULTOS).